Educação a Distância VS Elearning
É curioso ver como em tão pouco tempo é possível apercebermo-nos da enorme discrepância que existe entre aquilo que pensamos e o que a realidade apresenta. Em primeiro lugar o nome. Certamente por distração minha, sempre pensei que o termo seria “Educação à Distância” e não “a Distância”. Vi que a professora iria explicar o porquê mais tarde, mas tive que satisfazer a minha curiosidade. Pelo que entendi um dos motivos para o qual não se utiliza a contração entre a preposição a e o determinante feminino singular a é o facto de não ser explicita a distância espacial existente quando esta é praticada. Outro dos meus entendimentos é que, neste sentido, o termo “a distância” passa a pertencer à terminologia do ensino podendo ser interpretado como uma auto aprendizagem recorrendo a estruturas de informação tecnológica.
Na minha
ótica, a Educação a Distância é uma forma de ensino que tem como fator
principal a desterritorialização. Não ocorre num espaço específico, mas sim,
simultaneamente nos mais variados lugares. Isto permite haja flexibilidade não
só a nível espacial, mas também a nível temporal. Tem como elemento central e
ativo o aluno. Penso que até pode ser feita a seguinte analogia: o aluno é construtor
da sua casa, isto é, ele próprio fará a gestão dos materiais e aprendizagens
necessárias para construir o seu próprio conhecimento. Por outro lado, o
professor tem o papel fundamental de fornecer o melhor equipamento possível para
ajuda-lo a erguer os alicerces.
Já o termo
“Elearning” penso que vai mais de encontro à infraestrutura tecnológica
utilizada, nomeadamente os dispositivos eletrónicos, como o computador. Elearning
pressupõe também uma acessibilidade geral à educação e formação que
consequentemente origina melhorias no sistema educativo.
A diferença
é que é possível o Elearning existir sem haver a prática de Educação a Distância,
mas a Educação a Distância não acontece sem Elearning. Isto é, é possível a
utilização do Elearning numa aula presencial, a decorrer com o professor e
alunos no mesmo espaço ao mesmo tempo, porém se tivermos perante uma aula a
distância, a mesma não poderia existir sem o Elearning.
Inicialmente
tinha outra ideia pré-concebida. Na minha leiga forma de ver, ambos
significavam o mesmo e um termo seria apenas a tradução do outro. Outra leitura
que agora faço de forma diferente é a exigência do trabalho que se requer. Há
uma necessidade de maior disciplina e foco para estar sempre “em cima” de tudo
o que é partilhado pelos colegas e professores. Não existe uma divisão temporal
que possa ser 100% definida, há que fazê-la consoante as necessidades e
dificuldades que encontraremos ao longo do tempo.
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